atosdemargarida
Há anos tenho planos de ter coisas: Bens materiais, mais cultura, mais viagens, experiências, um blog, e por aí vai longe a lista. Como alguns destes projetos estão longe da realidade, resolvi começar com o blog. Pretendo registrar pensamentos e ideias, algumas boas e outras nem tanto tanto, deixar meus pensamentos fluirem livres... Também funcionará como uma espécie de memória externa, se eu tiver paciência para digitar resumos de livros e filmes. Vamos ver no que dá, estou animada!
sexta-feira, 24 de junho de 2016
Que época chata a que estamos vivenciando no Brasil, de tensão... este afastamento da presidente Dilma... Admiro muito ela, poe sua força. Se fosse eu, estaria trancada em casa, comendo e chorando, mas ela não, vida que segue, se exercitando, se cuidando. Depois de tudo que passou durante a ditadura, este massacre (i)legalizado deve ser moleza! Forças à ela!
domingo, 13 de dezembro de 2015
Usar antidepressivos ou não, eis a questão...
Usar antidepressivos ou não, eis a questão...
A obrigatoriedade da felicidade realmente cansa. Ninguém pode ser triste, ninguém pode sentir tédio, insatisfação, angústia. Hoje as crianças já nascem com o fardo pesado de serem felizes, de conquistarem todas as alegrias que seus pais não conseguiram, e que agora se desdobram para que seus pequenos desfrutem, Isto sim que é missão impossível, felicidade plena! Se está algo desarmonioso, acende-se a luz de alerta: OPA! Algo vai mal no reino da Dinamarca... Tento rapidamente voltar estado que considero normal de satisfação e se não funcionar, melhor eu consultar um doutor, que ele sim vai saber o que eu devo fazer da minha vida, e na pior das hipóteses, se ele não souber ao menos me passa um tarja preta salvador que vai me resgatar do fundo do poço, e vou passar a enxergar a vida com filtro cor de rosa! Lindo! Mas não! A felicidade obtida desta forma é ilusão. Penso que a felicidade só poderia ser sentida e apreciada quando faz parte de uma gama de sentimentos, como se fosse um arco-íris de emoções, todos com sua beleza e feiura, mas igualmente necessários. É preciso aprender a lidar e conviver com eles, até porque pensar que se pode ser feliz na totalidade de nossa existência é uma utopia. É preciso passar por situações difíceis para poder apreciar as agradáveis. como diz aquela música linda "rir de tudo é desespero". Imagino que por vezes usar um medicamento, apos rigorosa avaliação profissional se faz necessário, mas convém pensar muito bem antes, ver se realmente tentou outras alternativas, psicoterapia, etc... Já é tão complicado saber o que queremos e conduzir nossas vidas rumo à esse objetivo de cara limpa, imagina sedados? Seria possível? Muitas pessoas pedem aos médicos remédios psiquiátricos para médicos de qualquer especialidade, e o que é pior, conseguem a receita! Não se preocupam em alterar a química do seu cérebro de forma tão leviana. Interessante que nunca vi um oftalmologista fazer consultas endocrinológicas, por exemplo, mas receitar um Prozaczinho, ok! HÃ? Não! É a sua cabeça criatura! Pense em um viajante de ônibus, ou de trem -quem já teve a experiência de viajar de trem- é possível observar e apreciar as lindas paisagens existentes no caminho, bem como estar atento a chegada ao destino se estiver adormecido? A viagem se torna apenas um meio de chegar, ou de passar o tempo, e mesmo assim sem ter certeza se chegou ao local certo. Da mesma forma ocorre com com o uso de remédios psiquiátricos. A grande viagem que é viver acaba não sendo apreciada da forma que deveria, e nossos dias acabam sendo apenas uma passagem de dias sobrepostos, um tempo desperdiçado, sem autoria pelos nossos feitos... muito sem graça! Aceitar que a vida é real e maravilhosa justamente pelas nuances de afetos experimentados é que faz tudo valer a pena. Aceitar a tristeza de hoje para que a alegria de amanhã tenha ainda mais valor é que faz tudo ter mais significado.
A obrigatoriedade da felicidade realmente cansa. Ninguém pode ser triste, ninguém pode sentir tédio, insatisfação, angústia. Hoje as crianças já nascem com o fardo pesado de serem felizes, de conquistarem todas as alegrias que seus pais não conseguiram, e que agora se desdobram para que seus pequenos desfrutem, Isto sim que é missão impossível, felicidade plena! Se está algo desarmonioso, acende-se a luz de alerta: OPA! Algo vai mal no reino da Dinamarca... Tento rapidamente voltar estado que considero normal de satisfação e se não funcionar, melhor eu consultar um doutor, que ele sim vai saber o que eu devo fazer da minha vida, e na pior das hipóteses, se ele não souber ao menos me passa um tarja preta salvador que vai me resgatar do fundo do poço, e vou passar a enxergar a vida com filtro cor de rosa! Lindo! Mas não! A felicidade obtida desta forma é ilusão. Penso que a felicidade só poderia ser sentida e apreciada quando faz parte de uma gama de sentimentos, como se fosse um arco-íris de emoções, todos com sua beleza e feiura, mas igualmente necessários. É preciso aprender a lidar e conviver com eles, até porque pensar que se pode ser feliz na totalidade de nossa existência é uma utopia. É preciso passar por situações difíceis para poder apreciar as agradáveis. como diz aquela música linda "rir de tudo é desespero". Imagino que por vezes usar um medicamento, apos rigorosa avaliação profissional se faz necessário, mas convém pensar muito bem antes, ver se realmente tentou outras alternativas, psicoterapia, etc... Já é tão complicado saber o que queremos e conduzir nossas vidas rumo à esse objetivo de cara limpa, imagina sedados? Seria possível? Muitas pessoas pedem aos médicos remédios psiquiátricos para médicos de qualquer especialidade, e o que é pior, conseguem a receita! Não se preocupam em alterar a química do seu cérebro de forma tão leviana. Interessante que nunca vi um oftalmologista fazer consultas endocrinológicas, por exemplo, mas receitar um Prozaczinho, ok! HÃ? Não! É a sua cabeça criatura! Pense em um viajante de ônibus, ou de trem -quem já teve a experiência de viajar de trem- é possível observar e apreciar as lindas paisagens existentes no caminho, bem como estar atento a chegada ao destino se estiver adormecido? A viagem se torna apenas um meio de chegar, ou de passar o tempo, e mesmo assim sem ter certeza se chegou ao local certo. Da mesma forma ocorre com com o uso de remédios psiquiátricos. A grande viagem que é viver acaba não sendo apreciada da forma que deveria, e nossos dias acabam sendo apenas uma passagem de dias sobrepostos, um tempo desperdiçado, sem autoria pelos nossos feitos... muito sem graça! Aceitar que a vida é real e maravilhosa justamente pelas nuances de afetos experimentados é que faz tudo valer a pena. Aceitar a tristeza de hoje para que a alegria de amanhã tenha ainda mais valor é que faz tudo ter mais significado.
terça-feira, 4 de setembro de 2012
(RESUMO DO LIVRO O CENTAURO NO JARDIM – MOACYR SCLIAR)
(RESUMO DO LIVRO O CENTAURO NO JARDIM – MOACYR SCLIAR)
Realismo misturado com fantasia.
Livro ótimo, recomendo a leitura, afinal um resumo feito por mim, com minha subjetividade e erros, não tem nem comparação com a obra completa deste autor maravilhoso.
Um família de judeus deixa a Rússia em 1906(derrotada pelo Japão) com a ajuda de um rico Barão, que ajudava potenciais trabalhadores a fugir para a América do Sul, para escapar da brutalidade (ajuda esta tanto para escaparem da brutalidade da guerra, quanto para conseguir mão-de-obra barata para cultivo de suas terras).
assim, os pais do protagonista deixam a Rússia. O pai eternamente grato ao Barão Hirsh e a mãe vindo a contra gosto, pois mesmo com todas as dificuldades, a Rússia era o que ela conhecia como lar. A mãe trás consigo pouca coisa, mas faz questão de trazer os cristais para lembrar um pouco da vida mais requintada da Europa.
Quando o protagonista está para nascer sua mãe, D. Rosa, e o pai Leão Tartakovsky já tem outros 3 filhos: Bernardo - que sempre mantém distância do irmão; Débora de 12 anos e Mina de 10 anos. Estas sempre o tratarão com ternura.
Guedali nasce. Do ventre para cima menino robusto e bonito, porém, do ventre para baixo um potrinho! Nasce na família um centauro. A mãe culpa o marido pela deformidade do filho, chega a dizer: “trouxe-me para este fim de mundo, onde não tem gente, só animais. De tanto olhar cavalos meu filho nasceu assim.”
A parteira pensa em sufoca-lo e acabar logo com o sofrimento, mas não o faz pois criou afeição pelo centaurinho.
O pai chama o médico que o fotografa para uma publicação médica, mas não vai adiante com a ideia porque as fotos não ficaram boas. Mais tarde dará os negativos para Guedali. Não retorna mais a este assunto. O médico chama Dr. Oliveira.
O pai chama o rabino no oitavo dia para realizar a circuncisão do filho, o rabino se assusta, mas detido por Leão, faz a cerimônia em casa. Se espanta com o tamanho descomunal do penis do bebê. Na verdade não é rabino, chama-se Mobel, quem faz a circuncisão. Ele deixa como presente para Guedali o “kipa”e o manto que o acompanhará a vida toda. Ele viverá na fazenda com seus pais e irmãos até os 12 anos.
Ainda na fazenda tem desentendimento com seu vizinho, José Bento, que o monta para humilhá-lo. Seu pai bate em José bento até o deixar desacordado. Com isto, resolvem mudar para Porto Alegre, onde compram uma casa em Teresopolis, praticamente isolada, sem vizinhos para espioná-los.
Guedali não vai para a escola, mas lê muito e faz diversos cursos por correspondência. Aprende vários idiomas desta forma. Só interrompe este hábito quando o carteiro quer saber quem é Guedali.
Quando chega na idade de seu Bar Mitzvah (13 anos, eu acho), eles o celebram, mas não no local apropriado, junto com outros judeus, mas numa linda festa em casa, onde a mãe pode usar os tais cristais que trouxe da Rússia, e sobre seu lombo de cavalo, Guedali usa o manto que ganhou do Mobel, na sua circuncisão.
Guedali apaixona-se por uma vizinha que só vê por telescópio. Tenta mandar um pombo correio (Colombo), que acaba fugindo.
Sentindo-se só, diferente e no auge da puberdade, foge de casa e se junta ao circo, onde faz muito sucesso apresentando-se como centauro. Desperta o interesse da domadora, mas na hora H, ela se assusta, ele tenta força-la e a domadora foge, gritando que ele é um cavalo (até então ela pensava que seu traseiro de cavalo, pertencia a seu irmão surdo-mudo). Ele abandona a domadora de leões, o circo e foge novamente. Em um campo avista um centaura, chamada Tita (Marta – Martita- Tita)sendo perseguida. Durante a perseguição, o perseguidor sofre um ataque cardíaco e morre. Tita conta que o morto é Zeca Fagundes, estancieiro e descobriu que ele era seu pai naquele dia. Chora e os dois se “entregam ao amor”. São recebidos de braços abertos tanto pela viúva D. Cotinha, quanto pelas concubinas de seu pai, que até o momento ali a criavam em segredo na ala pertencente a elas na casa. D. Cotinha os ama-os como se fossem seus filhos, e os presenteia com uma viajem ao Marrocos para uma operação para transformá-los em humanos. Os dois vão escondidos num navio cargueiro. Chegando no destino, passam por inúmeros exames e finalmente são submetidos a cirurgia. Guedali primeiro e Tita depois. Tudo corre conforme o esperando na operação. Embora tenham cascos, agora possuem apenas um par de pernas! Precisam reaprender a andar, o médico providencia botas adaptadas para que seus pés minúsculos e cascos não sejam percebidos. Voltam para o Brasil, D. Cotinha morreu, deixando uma boa quantia para eles, e com este dinheiro resolveram estabelecer residência em São Paulo. Guedali monta um escritório de importação e exportação, com os contatos que fez no Marrocos. Casa-se com Tita. Tem certa resistência pois ela terá que se converter a judaísmo, e ela não está muito contente com a ideia. Tita aceita, e como na cerimônia de conversão ela teria que ser banhada na frente de outras mulheres, expondo assim seus cascos e pernas de égua, Guedali contorna a esta situação subornando o rabino. Casam-se e ele leva Tita para conhecer seus pais em Porto Alegre.Todos ficam contentes de revê-lo, mas sua mãe reclama por ele ter casado com uma “Gói”. Ele responde:”Onde eu poderia achar alguém mais apropriado (do que uma centaura?) ?”Ao que a mãe responde prontamente: “ Poderia ter achado uma judia.”
Eles voltam para São Paulo e lá levam uma vida tranquila; Agora tem amigos: Paulo e Fernanda (que Guedali acaba tendo um caso); Paulo, seu melhor amigo que gosta de correr; Joel e Tânia, Bela... Todos judeus. Tita engravida e Guedali não gosta, fica nervoso por temer que nasça um centaurinho. Mas nascem gêmeos perfeitos e colorados, e a parteira que realiza o parto é a mesma que fez o parto de Guedali. Com o nascimento das crianças, o casal acaba se afastando. Guedali e seus amigos mudam-se para um condomínio horizontal que construíram em sociedade. O segurança é Ze Bento e Guedali teme que ele o reconheça e revele seu segredo. Durante um carnaval, já tinha visto Zé Bento fantasiado de centauro e sua traseira é a domadora. Ele enriquece. Seu irmão Bernardo abandona a família no sul e vai para SP, onde procura pelo irmão e pede dinheiro. Tita se envolve com um outro centauro, que mantém no porão. Guedali os descobre e o centauro acaba sendo morto pelos seguranças do condomínio. Tita se revolta e entristece. Isola-se de todos devido ao sofrimento. Guedali vai ao Marrocos tentar reverter sua cirurgia. Chegando lá, o medico agora está falido. Na clínica conhece Lolah, uma esfinge (meio mulher, meio leoa), tem relações sexuais com Lolah, mas por fim acaba ficando enojado com a aberração, e não quer mais reverter a sua operação, mas não quer dizer isto ao médico. É surpreendido com uma anestesia, e ao despertar não virou centauro. Soube então que Lolah fora morta quando invadiu furiosa o centro cirúrgico. Ganha do médico a pata de Lolah do médico, que se mostra rancoroso, por amar Lolah. Voltou para o Brasil, mas não para São Paulo e sim para Porto Alegre.
Chegando em Porto alegre, seu pai conta que o pai de Zé Bento está vendendo suas terras. Guedali volta a fazenda de sua infância, onde espera encontrar a paz através dos trabalhos braçais na terra.
Encontra um bugre, que chama Peri (supõe ser o indiozinho que viu quando pequeno na fazenda).
Os dois trabalham, e Guedali pede para Peri que o transforme em centauro pelas suas pajelanças. Peri diz que sim.
Chega na fazenda todos os familiares de Guedali, exceto Bernardo. Em seguida, Tita chega a cavalo fazendo com que Guedali pense ter visto uma centaura. Peri tem ciúmes da esposa linda de Guedali, faz bonecos de Guedali e os espeta e espalha-os pela fazenda. Tita percebe e ri, o casal se reconcilia e volta para SP, e trabalha com Paulo.
De volta ao restaurante, Guedali ouve sua esposa contando a historia de suas vidas pra sua nova amiga Tânia. Na verdade, a mãe de Guedali teve depressão pós-parto. O rabino por estar bebendo demais, tem delírios e acha que o menino Guedali é um cavalinho. Peri é um amigo imaginário de Guedali, que de tão tímido, não se adapta a escola e estuda em casa. Ele toca violino montado a cavalo. Zé Bento cavalga em Guedali e se torna assim seu desafeto, fazendo com que modem para Porto Alegre, onde ele se apaixona pela vizinha e tenta mandar uma mensagem pelo tal pombo, que foge. Por sua timidez seu Bar Mitzvah e feito em casa e não na sinagoga, mas em casa. Foge, se junta ao circo, tem um romance com a domadora, mas afoito e inexperiente acaba dando tudo errado. Ela o chama de cavalo. Ele foge e encontra Tita que fugia de seu pai tarado, que morre de susto ao ser surpreendido por Guedali. Se junta com Tita que prontamente o leva para casa, onde é apresentado para D. Cotinha que os ajuda bastante. Guedali começa a sentir fortes dores de cabeça, e estranhos sintomas, D. Cotinha paga viagem ao Marrocos para tratamento. Guedali está com um tumor no cérebro. Tita também de opera, pois foi atropelada. Voltam e ela tem que usar botar ortopédicas, também usa sempre calças pois tem vergonha de suas cicatrizes. Mais tarde, confunde Ricardo, um foragido político que os descobre em SP através primeiro do médico em Marrocos e depois por Bernardo e os procura (tinha ido ao Marrocos, tem pais ricos em Curitiba, mas nasceu em SC) para trocar de rosto e poder voltar ao Brasil, porém ficou com medo e por isto procurou por Guedali e Tita, para ouvir a opinião deles sobre o médico do Marrocos. Envolve-se emocionalmente(ou algo mais) com Tita, Guedali inventa que Ricardo é um centauro, que acaba morto pelos guardas do condomínio. Guedali volta ao Marrocos e o médico acha que o tumor voltou. Envolve-se com Lolah, enfermeira de gênio forte. Volta ao Brasil, vai morar no interior, se reconciliam e voltam a morar na capital.
Guedali ouve tudo, e acha que esta é a versão da mulher, cujas patas(cascos) caíram com o uso constante das botas, e seu pelo caiu de tanto usar calças. Acha que acabou esquecendo, ou não querendo lembrar de seu tempo nos campos como centauro. Cvoisa que ele não irá esquecer, mesmo que ele próprio tenha pés humanos, e pele ao invés de pelos.
O livro fala bastante em sexo, ou no pênis enorme de Guedali, da vagina da Lolah. O personagem tem fantasias Tânia, e se relaciona também com Fernanda.
Bem, se tiver um tempinho dá uma olhada nas minhas outras postagens, Psicanálise..., por exemplo, se bem que se você está procurando por um resumo de livro, tempo para ler talvez não seja sua prioridade... mas quem sabe, né?
domingo, 1 de julho de 2012
Tudo chega ao fim, imagino, exceto amor de mãe (ainda que digam "minha paciência tem limite"). Uma paixão, um filme bom, uma comida gostosa, aquele docinho... acabam!
Mas estava pensando sobre amizade, se como um namoro ou casamento também chega ao fim. Claro que tem relacionamentos que duram a vida toda, e bem. Outros tantos, porém, acabam. E é sobre estes que quero falar. Estes dias exclui minhas contas em sites de relacionamentos, num acesso de tédio + bom senso. Alguém me perguntou o motivo do suicídio digital e eu respondi que era seguir o curso natural da vida: Perder contatos! Eu acho legal rever alguém que não via há anos, saber das novidades, saber se engordou, emagreceu, o que tem feito... Mas com a internet, isto praticamente não é mais possível. Basta que entremos no orkut, facebook, ou sei lá mais o quê, para que sejamos soterrados por atualizações dos amigos... E bem que poderíamos viver perfeitamente bem, sem ver pessoas com as quais temos pouquíssima intimidade, de pijamas, fazendo caras e bocas, expondo os filhos, compras, bens, e até mesmo o prato da comida que estão comendo... Resolvi me poupar disto excluindo minhas contas, pois cansei de ficar com vergonha da exposição alheia.
Mas estava pensando sobre amizade, se como um namoro ou casamento também chega ao fim. Claro que tem relacionamentos que duram a vida toda, e bem. Outros tantos, porém, acabam. E é sobre estes que quero falar. Estes dias exclui minhas contas em sites de relacionamentos, num acesso de tédio + bom senso. Alguém me perguntou o motivo do suicídio digital e eu respondi que era seguir o curso natural da vida: Perder contatos! Eu acho legal rever alguém que não via há anos, saber das novidades, saber se engordou, emagreceu, o que tem feito... Mas com a internet, isto praticamente não é mais possível. Basta que entremos no orkut, facebook, ou sei lá mais o quê, para que sejamos soterrados por atualizações dos amigos... E bem que poderíamos viver perfeitamente bem, sem ver pessoas com as quais temos pouquíssima intimidade, de pijamas, fazendo caras e bocas, expondo os filhos, compras, bens, e até mesmo o prato da comida que estão comendo... Resolvi me poupar disto excluindo minhas contas, pois cansei de ficar com vergonha da exposição alheia.
domingo, 22 de abril de 2012
Livros
Tenho tido o privilégio de ler bons livros ultimamente. Li:
Agora estou lendo A cura por Schopenhauer, de Irvin Yalom e estou gostando.
Vou tentar colocar resumos aqui.
- O castelo de vidro de Jeannette Walls, AMEI! Uma biografia de uma jornalista norte-americana de sucesso que passou muitas dificuldades na sua infância, graças aos seus progenitores ripongas e amalucados. Show de bola!!!;
- 3096 dias de Natascha Kampusch, Biografia da menina que foi sequestrada aos 10 anos e mantida prisioneira por mais de 8 anos na Áustria. Realmente um livro muito bom, embora bastante triste. O que o torna melhor é o fato da protagonista escapar, senão seria um livro terrível. Uma das partes que achei mais tocante foi que o sequestrador colocou no confinamento da Natascha um papel de parede semelhante ao do quarto que ela vivia antes do rapto, e ela relata que diversas vezes acariciava a parede, sonhando estar novamente no quartinho de sua infância roubada...Pensava de olhos fechados, que abriria os olhos e tudo aquilo enfim estaria acabado, se de fato tudo não fosse um pesadelo. E assim procedeu diversas vezes, até que finalmente conseguiu escapar e chegando em casa, ela já moça, deitou-se em sua cama, no seu quarto que fora preservado, acariciou a parede de olhos fechados e quando os abriu estava realmente "a salvo" em sua casa, com sua família. O pior tinha terminado. Digo " a salvo" porque provavelmente o caminho a percorrer para se libertar do trauma emocional é imenso, mas achei muito comovente a força que esta menina conseguiu encontrar em si para suportar todo o sofrimento pelo qual passou durante longos anos de sua vida.
- Um centauro no jardim, do imortal que partiu em fevereiro de 2011 Moacyr Scliar. Ótimo. Conta as aventuras de um gaúcho/judeu, meio homem, meio cavalo. Como ele vive em meio as pessoas normais e mantém seu segredo. Qualquer hora escrevo o que resumi deste livro.
- Lucíola , de José de Alencar. Adorei, conta o romance de uma garota de programa com um advogado, lá nos antigamentes. Escrevo qualquer hora destas o resumo que escrevi após o término da leitura.
- Passado a Limpo – História da Higiene Pessoal no Brasil , do jornalista Eduardo Bueno, conta de forma bem legal os anos de porquice que sobrevivemos até os dias de hoje. Bem legal.
Agora estou lendo A cura por Schopenhauer, de Irvin Yalom e estou gostando.
Vou tentar colocar resumos aqui.
quinta-feira, 15 de março de 2012
(Resumo do livro O filho eterno de Cristóvão Tezza)
Postei este resumo que fiz na Wikipédia que o apagou, mas aqui quem manda sou eu, tá aí!!!!
O Filho Eterno é um livro de Cristóvão Tezza publicado originalmente em 2007.
Filho nasce com síndrome de Down, sendo rejeitado pelo pai, um estudante de letras que tenta ser escritor. O pai, depois descobrir a síndrome do filho, sonha secretamente com sua morte. Na época, 1982, a síndrome ainda é chamada de "mongolismo" e seus portadores de "mongolóides". O livro nos mostra o preconceito do pai e a vergonha que sente em assumir para a sociedade a condição de se filho(Felipe). mostra-se egoista, ainda que internamente.
O livro é escrito pelo personagem do pai. O pai mostra-se egoista na maioria das vezes, ainda que internamente, mas ao mesmo tempo procura incentivar o menino, com estímulose exercícios. Como para o pai o intelecto é muito importante, não se sente ligado ao filho. Certa vez, ao conversar com uma amiga ela diz que dá para ver o vazio nos olhos de Felipe. Isto machuca o pai. Constantemente o pai critica o filho aos amigos e conhecidos, na esperança de que alguém lhe diga que o menino é "normal". O pai anseia pela normalidade.
O pai compara as deficiências intelectuais de Felipe com suas próprias debilidades como escritor. Até que um amigo lhe diz que a inteligência de Felipe está na afetuosidade, e o menino é de fato afetuoso. No fim o pai aceita o filho, e os dois assistem futebol juntos, paixão do filho, que o pai acompanha para terem algo em comum que possam conversar. Ambos torcem pelo Atlético Paranaense. Felipe, que sempre teve dificuldades no aprendizado, aprende com o futebol noções de tempo, vitórias, derrotas, leitura, etc... Conhecimentos importantes que o pai nunca conseguiu ensinar-lhe com didáticas convencionais. O pai que sempre detestou TV e futebol (pensava: diversão barata para pessoas burras), acaba sendo grato à ambos.
O pai ganha do irmão no dia do nascimento do filho, um poema escrito por ele mesmo, tempos atrás que dizia: "Nada do que não foi poderia ter sido". Isto o irrita profundamente na época, mas no passar do tempo torna-se uma espécie de mantra repetindo ao longo do livro.
Livro muito bom, é uma biografia, de certa forma, pois o personagem assim como Cristovão T. também é autor, professor universitário, paranaense, e tem um filho com síndrome de down, embora Cristovão Tessa negue que o livro seja autobiográfico.
Na verdade, nota-se ao longo do livro que as pessoas ao redor do autor não percebe sua frustração e revolta com a condição de seu filho, algo que ocorre internamente. Imagino que percebam um pai dedicado - coisa que nem o pai, talvez por saber o que se passa no seu íntimo não perceba, embora seja - que esforça-se ao máximo pra estímular o filho a desenvolver seu potencial. E o livro é como um diário, não que seja escrito na forma de um diário, mas o personagem expõe seus sentimentos mais profundos sem medo de julgamentos. Por isto, embora possamos ter um sentimento que o pai é egoísta, na verdade se pudéssemos ver os sentimentos mais profundos de alguém, sem que estas se preocupassem com eventuais julgamentos, a mais altruísta das pessoas poderiam nos parecer fúteis e preocupadas apenas consigo.
Bem, se tiver um tempinho dá uma olhada nas minhas outras postagens,
Bem, se tiver um tempinho dá uma olhada nas minhas outras postagens,
domingo, 14 de agosto de 2011
De volta...
Não pensei que já fizesse mais de 1 mês que não escrevo aqui, mas faz!!!! Na verdade, caso não voltasse não seria o primeiro (infelizmente nem o último) projeto que largaria pela metade... Mas voltei e voltarei!
Como já comentei, tenho pretensões literárias. Queria muito ter a capacidade de ser escritora, e sustentar a mim e a minha família com meus escritos, mas não tenho talento suficiente ou a cultura para tal... Na realidade, admitamos, nem a CORAGEM necessária eu tenho. Escrevo aqui de maneira anônima, e morreria de vergonha caso alguém, ou melhor, algum conhecido/amigo/parente/vizinho descubra. Este blog, é minha pequena perversão, o faço como quem mantém um segredo enorme, com uma parcela de culpa e excitação... afinal, tenho um lado oculto que precisa de uma aventura secreta e certa dose de adrenalina... Imaginem o meu marasmo...
Acabo de pensar que seria capaz de mostrar este blog apenas para o meu maior fã, meu filhote. Farei isto quando estiver precisando de incentivos.
Escrevi durante minha ausência virtual, um começo de um livro de auto-ajuda - e põe auto nisto, afinal só eu li- Pensei em publicá-lo e resolver de uma vez por todas meus sérios problemas financeiros. Minha "obra", está bastante adiantada. Mas caí das nuvens durante um passeio no shopping. Enquanto aguardava o horário do cinema pra ver o último filme de Harry Potter (admiro infinitamente a escritora da série, J.K. Rowling, que criou um universo paralelo e o mundo todo embarcou com ela para este universo), fui a FNAC, e comprei dois livros: A casa de chá, de Ellis Avery, e Depressões, de Herta Müller ambos por R$ 5,90. São livros de qualidade, de boas editoras, ainda não os li, mas li as primeiras páginas e gostei. Fiquei imaginando que, se estes livros estavam por este preço, na cesta de ofertas, onde estaria o meu... Com isto, decidi não guardar a sete chaves meus "maravilhosos" manuscritos e publicá-lo aqui. Em breve...
Será que a Martha Medeiros ou a Lya Luft se preocupam com isto? Não sei porque, mas algo me diz que não. MESMO!
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